Faço-me forte, mas todos os dias penso no que posso ter feito mal ao longo da vida, no que devia ter feito melhor, na falta que a minha mãe me faz, nos dias em que não tive paciência para ela e devia ter tido...
No sábado de manhã fui ao cemitério, encontrei uma senhora que já não sabia onde era a campa do marido, pediu-me ajuda e fui ajudá-la, pela data de morte do Sr. achei que era no mesmo "talhão" da mãe, procurei e lá o encontrei, bem perto até, só tinha falecido há quatro meses, diz-me a senhora, "Acha que eles estão aqui?" Eu disse-lhe o corpo está, nós estávamos cá e vimos, certo? Mas a alma, essa está num sitio muito melhor, está por aí connosco nas coisas boas que vivemos juntos, nas menos boas" Nem sabia o que dizer porque eu própria nem sempre sei o que pensar...Mas que eu sinto a minha mãe comigo, sinto, que eu falo diariamente com ela? falo, logo ao acordar digo bom dia mãezinha, já não tento ligar-lhe, mas falo com ela.
Estou de baixa, não consegui ir trabalhar, não me senti bem em ir para Lisboa sabendo que me vinha embora dentro de dias, só me apetece chorar, dai fui ao médico, pedi novamente apoio psicológico, que com a pandemia deixei de ter e sinto que me faz falta agora mais que nunca. Tenho ido para casa da mãe, pensar no que vou fazer á minha vida, á nossa vida...É muito cedo, vou melhorar, tudo ao mesmo tempo é que dói um pouco, mas vou ficar bem.
Pois,não é fácil. E sem o emprego também não ajuda. Sempre ocupava a cabeça. Tente sair um pouco,vir a Lisboa,ver gente.Talvez ajude a desanuviar. E não se culpe,todos temos esses arrependimentos,achamos que não fizemos o suficiente. Força,qualquer dia já nos está a contar duma nova ocupação profissional!
ResponderEliminarVais ficar bem, prima. Dá-te tempo, não te apresses. Um beijo.
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