sábado, 3 de fevereiro de 2024

E Fevereiro chegou mas...

 não trouxe nada de novo, quinta feira dia um de Fevereiro, tudo igual, mãe no mesmo sitio, sendo que fizemos videochamadas para o filho, genro, nora e netos porque ela estava com saudades de todos. Eu e filhote andámos os dois ás compras e por casa a fazer coisas, dei volta a roupas que guardei e com a ajuda do filho fomos dar a uma senhora aqui da Castanheira que gere um grupo no Facebook que fala dos problemas da nossa freguesia, mandei mensagem e a senhora conhece algumas famílias carenciadas por cá, e em vez dos contentores desta vez optei por famílias directas. Filho tem razão, podemos ajudar directamente algumas pessoas. Sexta feira dia dois de Fevereiro fui para casa da mãe limpar o seu quartinho, fazer a cama articulada, limpar pó e arrumar roupas, enfim preparar para a eventual saída da mãe. Mas á tarde quando fui ver a mãe, que mais uma vez em vez de entrarmos ás seis e meia entrámos uma hora depois e se custa esta espera. Mas o pior foi quando entrei e vi a minha mãe de sonda  nasogástrica novamente no nariz até ao estomago. Fiquei em pânico e meia enlouquecida, por ver a mãe ainda mais debilitada que o normal e com aquilo a que a Dr. Margarida Brilhante não se devia voltar a fazer pois prejudicava e muito a operação feita por ela, porque colocar a sonda poderia danificar de alguma forma as próteses do estomago, fui de imediato procurar o enfermeiro responsável, respondeu-me um jovem enfermeiro, que aguardasse na cama da mãe que ele já lá ia. Apareceu algum tempo depois e pergunto-lhe porque razão a mãe estava com sonda, ele responde que são os procedimentos adequados a quem tem uma crise de vomito, para evitar o entupimento do estomago, ou algo do género, já não me lembro bem, e eu perguntei com ordem de quem ele o fez, dele mesmo, mas perguntou a algum médico se o poderia fazer a esta doente que tem histórico por cá? Responde-me ele oh querida...passei-me, talvez demais reconheço, mas odeio que me chamem querida, princesa e amor (excepto pelo meu marido, claro)olhe não me chame querida porque não o sou muito menos para si, sou a Marina ou a filha da Sr. Esmeralda Ribeiro, assim é que tem de me tratar, e volto a contar o histórico da mãe, ele com ar de desagrado responde, que já comunicou ao médico, pergunto-lhe de imediato qual o médico pois quero ir á sua procura e falar-lhe, não me diz, foi o que esteve de serviço nas urgências, se quiser vá ao apoio ao utente e peça atendimento médico. Certo vou e vamos ver o que isto vai dar. Acalmei-me, deixei para a hora de fim da visita, entretanto ele vem colocar a mãe com medicamento por veia e eu digo-lhe que reparei que alguém tirou o cateter á mãe, ou até ela própria, poderia ser, não seria a primeira vez. Mas a mãe tinha vários pensos nos braços, como ele sabia que ia ser dificil disse que mais tarde o colocaria. Acabou a visita, meia hora e convidaram-nos a sair, exausta foi como saí, o Sr. do atendimento ao utente já não estava lá e resolvi vir embora e esperar. 

Hoje de manhã, sábado pouco antes das onze recebo um telefonema do Hospital e apanho um valente susto, mas felizmente era para dizer que a mãe tinha subido para os quartos, e estava no piso quatro, fui de imediato para o hospital, nem meia hora já estava com a mãe que já tinha dormido lá a noite no quarto. Fui falar com a enfermeira responsável por ela e contar-lhe de imediato a historia da mãe, a enfermeira agradeceu pois ainda não sabia de nada, foi ler o histórico da mãe e passados três minutos veio tirar a sonda nasogástrica á mãe, ufa. Disse-lhe o nome das médicas responsáveis da mãe e não sei se ela falou com elas ou não, mas que a mãe hoje teve um melhor dia, isso garanto que teve, porque eu estive lá quase todo o dia.

O cateter para o soro, sabem onde está? na barriga, os braços estão negros ...

Agora vamos ver como corre e quando virá para casa.



Minha velhinha querida que ficou tão feliz quando me viu hoje...
Pudera eu evitar todo este sofrimento...
Fiquem bem, tenham um bom domingo!

2 comentários:

Obrigada pelo comentário😗