Chateia-me...

Chateia-me ver as noticias porque são só problemas no nosso país, a greve dos estivadores de Setúbal é um deles, se eu já não concordo com as empresas de trabalho temporário, como a que estou a trabalhar, em que temos contratos mensais, muito menos concordo com estes desgraçados que recebem uma mensagem diária para saber se trabalham ou não, é e são uma vergonha, nenhum governo devia permitir este tipo de contratação, somos meros peões neste jogo. Agora acabei de ler que com a história do Me Too em Wall Street já não se contratam mulheres, claro as pessoas começam a ter medo das misturas de homens e mulheres, as mulheres que sempre lutaram pela igualdade sentem que andamos anos de luz para trás. A semana passada quando fui ao médico, este não me tocou, parecia ter medo de o fazer, aliás sem querer tocou-me nas costas e pediu-me desculpa, fiquei atenta, a seguir para me auscultar á frente pediu-me educadamente para levantar o peito esquerdo para ele auscultar por baixo, isto começa a ser ridículo, até os médicos sentem medo de alguma acusação. Não que eu queira ser tocada, a ver se me faço entender, mas noto o receio, o extremo cuidado de alguns homens. No domingo O nosso Presidente, que eu muito admiro foi fazer compras para o Banco alimentar, não gostei, porque o que ele devia era tomar medidas para que certas famílias tivessem uma maior estabilidade financeira que tivessem dinheiro para comer, isto das esmolas não é correcto, não concordo, até porque já aqui o disse que não concordo com a ajuda do banco alimentar, sei que dão ajuda a quem não precisa em vários sítios, sei de pessoas que trazem comida para casa, que não necessitam, feita com bens do Banco alimentar. Não concordo com o rendimento mínimo, ainda há dias falava com uma colega que vive sozinha, que foi despedida por fim do contrato, trabalhou dois anos, que optou pelo rendimento mínimo pois ganhava mais que no Fundo de desemprego, deram-lhe a possibilidade de escolha porque vivia sozinha. Então e os anos de desconto? Trinta e tal anos de descontos e contam os últimos dois e recebemos quatrocentos euros de Fundo de desemprego, justo? Muito injusto. Depois é o Parlamento e a boa vida com muito dinheiro que os políticos ganham, que acumulam empregos, o valor do ordenado mínimo nacional é o subsidio de refeição deles. A sério tudo injustiças, mas viva o futebol e todo o resto que o povo gosta.

E os bancos e banqueiros? Revoltante...

Depois de tudo isto, dormir não me faz pensar nestas injustiças da vida, diz o meu marido que eu não posso mudar o mundo, mas não tenho de me conformar.

Apesar de tudo viver é fundamental, se fôr feliz, melhor ainda!!!

Vamos na onda e esquecemos as injustiças, sejamos muito amiguinhos e solidários uns com os outros, o povo Português é tão amiguinho…

(Estou amarga)